O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, prometeu uma reação 'forte e implacável' e afirmou que o país não deixará o ataque 'sem resposta'
A tensão entre Irã e Israel se intensificou nesta sexta-feira (13), após uma série de ataques israelenses contra alvos militares e nucleares iranianos. Em resposta, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, prometeu uma reação “forte e implacável” e afirmou que o país não deixará o ataque “sem resposta”.
Os bombardeios, que atingiram instalações estratégicas e resultaram na morte de figuras de alto escalão das Forças Armadas iranianas, incluindo o chefe da Guarda Revolucionária, Hossein Salami, provocaram forte comoção em Teerã. O número oficial de mortos, segundo a agência Fars, já chega a 78, com mais de 300 feridos.
Relatos de moradores da capital iraniana dão conta de explosões durante a madrugada. O governo ativou sistemas de defesa aérea em várias regiões do país, especialmente no sul, onde mísseis israelenses teriam sido interceptados.
Diante da gravidade da ofensiva, o Irã classificou a ação como uma “declaração de guerra”. O ministro das Relações Exteriores, Abbas Araghchi, enviou uma carta ao Conselho de Segurança da ONU solicitando intervenção imediata. O pedido levou à convocação de uma reunião emergencial do órgão nesta sexta.
O general Abolfazl Shekarchi, porta-voz das Forças Armadas iranianas, acusou os Estados Unidos de conivência e disse que ambos — Israel e EUA — enfrentarão as consequências. O governo americano, por sua vez, negou participação direta na operação, alegando que apenas foi informado previamente. “Foi uma ação unilateral de Israel”, disse o secretário de Estado Marco Rubio.
Enquanto isso, o presidente americano Donald Trump voltou a cobrar um novo acordo nuclear. Em tom ameaçador, afirmou que o Irã precisa negociar “antes que não sobre mais nada”.
No centro do conflito está a crescente preocupação internacional com o programa nuclear iraniano, que Israel considera uma ameaça existencial. Autoridades israelenses justificam os ataques como uma medida preventiva para evitar que Teerã obtenha armas atômicas.
O clima na região é de alerta máximo. Especialistas temem que a escalada militar leve a um confronto direto de grandes proporções, com efeitos imprevisíveis para o Oriente Médio e para o equilíbrio geopolítico global.
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