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Cid nega plano de fuga e PF apura ação de Gilson Machado

No depoimento, Cid negou que tivesse intenção de fugir do país ou que tenha solicitado ajuda nesse sentido

Da Redação
13/06/2025 | 14:32
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FOTO: Lula Marques/Agência Brasil


A Polícia Federal ouviu nesta sexta-feira (13) o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), em meio às investigações que apuram se o ex-ministro do Turismo Gilson Machado tentou obter um aporte português para facilitar sua saída do Brasil. No depoimento, Cid negou que tivesse intenção de fugir do país ou que tenha solicitado ajuda nesse sentido.

A oitiva foi considerada "esclarecedora" por investigadores, mas a PF não descarta a possibilidade de um novo depoimento, caso surjam elementos adicionais na apuração. O interrogatório ocorreu horas após a prisão de Cid, determinada por decisão judicial. A ordem foi revogada no mesmo dia, mas o STF (Supremo Tribunal Federal) não informou os motivos da revogação.

No mesmo dia, Gilson Machado foi preso em Recife. A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao STF a abertura de inquérito para investigar Machado pelos crimes de obstrução de investigação e favorecimento pessoal. De acordo com a PF, ele teria tentado, em 12 de maio, intermediar a emissão de um aporte português para Cid junto ao consulado de Portugal.

Ainda segundo as investigações, Machado teria feito uso de suas redes sociais para promover uma campanha de arrecadação financeira em apoio a Bolsonaro, o que também está sendo analisado pelos investigadores.

No pedido encaminhado ao STF, o procurador-geral Paulo Gonet afirma que, embora Machado não tenha conseguido obter o documento, permanece o risco de que ele tente novas iniciativas com outros consulados. A PGR solicitou a abertura de inquérito e a autorização de buscas e apreensões relacionadas ao caso.

As investigações ocorrem no contexto das apurações sobre a tentativa de golpe e a atuação de aliados do ex-presidente para obstruir a Justiça.




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