Petição por instalação conta com 1.500 s; Estado promete viabilizar telhado
Há oito anos que a comunidade escolar do Montanhão, em São Bernardo, espera pela cobertura da quadra poliesportiva da E.E (Escola Estadual) Maurício de Castro. Em 2017, a FDE (Fundação para Desenvolvimento da Educação), responsável por viabilizar a execução das políticas definidas pela Seduc (Secretaria de Estado da Educação de São Paulo), retirou totalmente a cobertura por conta de uma manutenção em uma coluna de sustentação, com prazo de três meses.
Sérgio Linhares Hora, 57 anos, professor de história na unidade de ensino, conta que oito anos depois o local continua descoberto e durante os anos diversos alunos foram prejudicados com cancelamentos das aulas de educação física ou outras atividades pedagógicas.
“Se chove, não dá para ter aula. Neste ano, muitos estudantes aram mal devido o calor extremo, então nem com Sol é possível”, lamentou o docente.
Sem resposta da diretoria sobre a instalação, foi realizado um abaixo-assinado que já conta com mais de 1.500 s da comunidade escolar. Além disso, no último dia 4, alunos, professores e responsáveis realizaram uma manifestação em frente a escola.
A falta de previsão para instalação da cobertura por parte da Seduc levou o caso até o MP-SP (Ministério Público de São Paulo). Com apoio da Apeoesp (Associação dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), a Promotoria de Justiça e Infância da Juventude de São Bernardo acompanha a situação desde 2017, inclusive com vistorias realizadas na escola, onde foram constatados outros problemas de infraestrutura.
Na terça-feira (10), foi realizada uma reunião com a promotora Sirlene Souza, que enviou novos questionamentos à Seduc, conforme informou o professor Sérgio Linhares Hora, que articulou o encontro. “Não tem calendário de obras, não tem prazo, não tem nada. E assim os alunos continuam sendo prejudicados”, ressaltou Linhares.
A técnica de tanatopraxia, Jéssica Moreira Silva, 35, membro do conselho da escola e mãe do estudante Pietro Moreira Silva, 13, revelou que as crianças e os adolescentes precisam puxar a água da quadra. “Essa é uma atividade de risco, os alunos podem cair ou se machucar. Devido ao calor, uma aluna já ou mal, a pressão caiu e o nariz sangrou”, disse Jéssica.
SEM DATA
Questionada, a Seduc não afirmou o prazo de instalação, mas disse que a cobertura para a quadra da unidade foi orçada e está em fase de viabilização por meio da FDE. “Para os dias em que as aulas de educação física não podem ser realizadas na quadra poliesportiva, elas acontecem de acordo com o currículo, utilizando todos os espaços educacionais, como pátio da escola e áreas livres”, pontuou o órgão estadual por nota.
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