O contrato de ouro com vencimento em agosto avançou 0,01% na Comex, divisão de metais da Bolsa de Nova York
O contrato mais líquido do ouro fechou em alta leve nesta quarta, 11, em uma sessão marcada pelo anúncio de um acordo comercial entre Estados Unidos e China, seguindo as discussões em Londres. A esperada notícia se somou à a divulgação do índice de preços ao consumidor (I, na sigla em inglês) americano em maio, que registrou um leve avanço. Neste cenário, o dólar operou desvalorizado ante a maioria das moedas, impulsionando o metal, que é cotado no ativo americano, o que chegou a dar maior força ao ouro antes do final da sessão.
O contrato de ouro com vencimento em agosto avançou 0,01% na Comex, divisão de metais da Bolsa de Nova York (Nymex), encerrando o dia a US$ 3.343,7 por onça-troy.
O metal precioso continua popular entre investidores preocupados com as tarifas do governo Trump, afirma David Morrison, da Trade Nation, em nota. Um tribunal permitiu que as chamadas tarifas "recíprocas" de Trump permanecessem em vigor enquanto os recursos prosseguem. O ouro também foi impulsionado por preocupações de que o dólar permaneça supervalorizado sob vários aspectos, afirma Morrison. Trump deixou claro que é a favor de um dólar mais fraco, pois isso deve impulsionar as exportações americanas. Se o dólar cair novamente, isso deve ajudar ainda mais a sustentar os preços do ouro, acrescenta.
Enquanto isso, o I de maio dos EUA é "uma boa notícia", mas possui distorções e o impulso das tarifas será mais perceptível durante o verão (no hemisfério norte), avalia a Oxford Economics. Segundo a consultoria britânica, o dado se beneficiou de algumas pressões desinflacionárias persistentes das tarifas, por meio da queda dos preços do petróleo.
Os bancos centrais compraram ouro em ritmo recorde no ano ado, colocando o metal considerado porto seguro à frente do euro como o segundo ativo de reserva mais popular. Um relatório divulgado hoje pelo Banco Central Europeu (BCE) destacou as mudanças em andamento nas carteiras dos bancos centrais globais. Os gestores de reservas compraram 1.000 toneladas métricas de ouro, o dobro do ritmo da década anterior. Uma alta nos preços também ajudou a elevar a participação do ouro nas reservas totais para 20%.
*Com informações Dow Jones Newswires
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