Dos grandiosos templos às misteriosas cavernas, a rica herança maia oferece experiências únicas para mergulhar na história
O patrimônio maia de Belize é uma das atrações mais procuradas nos roteiros de viagem, graças às suas maravilhas arqueológicas espalhadas por todo o país situado na América Central. Com uma população de mais de um milhão de habitantes entre os anos 250 e 900 d.C., os maias construíram cidades que até hoje atraem arqueólogos do mundo inteiro em busca de seu fascinante ado. Sítios escavados como Caracol, Xunantunich, Lamanai e Altun Ha encantam viajantes com seus glifos, estelas e outros elementos intrigantes.
Hoje, as comunidades maias do país transformaram seu legado cultural em experiências autênticas, que mostram o impacto dessa herança ada de geração em geração.
Independentemente da região de Belize em que você esteja, visitar um sítio arqueológico maia proporciona uma imersão na antiga civilização. É possível fazer eios guiados no distrito de Corozal, em Santa Rita; no distrito de Toledo, em Nim Li Punit; ou no distrito de Cayo, em Cahal Pech — conhecendo esculturas intrincadas, praças e campos de jogo que revelam histórias da organização social maia.
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Aprofunde sua curiosidade sobre o mundo maia decifrando glifos ou hieróglifos antigos. Para entender melhor a linguagem de seus anteados, os maias atuais dedicam tempo a pesquisar e reescrever glifos para interpretar estelas e esculturas milenares. Essa escrita hieroglífica também é incorporada na cerâmica de barro — reconhecida internacionalmente — e você pode até escrever seu nome em uma oficina de epigrafia e gravá-lo em sua própria peça de argila.
A arqueologia vai além da superfície. Uma visita a uma caverna — conhecidas como o caminho para Xibalba, o submundo maia — pode ser ainda mais intrigante. Arqueólogos encontraram ossadas, cerâmicas e objetos diversos em cavernas como a Actun Tunichil Muknal (Caverna ATM). O significado desses artefatos não se limita à sua presença nesses espaços: eles têm importância profunda nas crenças maias. Assim, seja em uma experiência de canoagem, tubing ou caminhada subterrânea, você vivenciará uma jornada única pelas portas de Xibalba.
Comece a explorar este país rico de norte a sul para celebrar o Dia Internacional da Arqueologia. De aventuras por templos e cavernas maias até a exposição Maya Creating Civilization, uma emocionante combinação de aprendizado e diversão espera por você.
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Sítios arqueológicos maias que merecem visita:
Xunantunich – Localizado no alto de uma colina com vista para o rio Mopan e o distrito de Cayo, era um importante centro cerimonial construído sobre uma crista de calcário no Período Clássico. O local conta com seis praças principais, mais de 25 templos e palácios maias. A pirâmide principal, conhecida como “El Castillo”, possui 39 metros de altura e frisos esculpidos nos lados leste e oeste. O friso do lado leste foi preservado e coberto com uma réplica de fibra de vidro da máscara central do deus do sol, ladeada pela lua e por Vênus.
Caracol – Um dos templos maias mais impressionantes de Belize, está localizado no coração da Reserva Florestal Chiquibul, nas Montanhas Maia, distrito de Cayo.
Com quase 10.117 hectares, destaca-se não apenas por sua extensão, mas também pelo sofisticado sistema agrícola e planejamento urbano. É um dos sítios mais bem preservados de Belize e seus monumentos esculpidos indicam a influência geopolítica significativa de Caracol no período Clássico.
Altun Há – O sítio arqueológico mais próximo da Cidade de Belize, foi um centro cerimonial fundamental e o local onde foi encontrada a famosa Cabeça de Jade de Belize. Duas praças principais com cerca de 13 templos e estruturas residenciais já foram escavadas. O destaque do local é a ausência de estelas esculpidas — e a presença da icônica escultura de jade do deus-sol maia “Kinich Ahau”. Pesando quase 4,5 kg e com 15,2 cm, é o maior objeto de jade já encontrado em uma comunidade maia. Uma réplica está exposta no Banco Central de Belize e sua imagem aparece como marca d'água no dinheiro belizenho.
El Pilar – Este sítio remoto é três vezes maior que Xunantunich e ainda está em escavação. Oferece uma visão autêntica de como os maias viviam, com casas, hortas e áreas agrícolas. Habitado entre 800 a.C. e 1000 d.C., chegou a ter mais de 20 mil habitantes. É um dos maiores sítios do Período Clássico em Belize, com uma área cívico-cerimonial bem definida, incluindo espaços públicos e privados. Com 15 praças, está localizado a cerca de 50 km de Tikal, na Guatemala.
Cahal Pech – A poucos os da cidade moderna de mesmo nome, que em maia Yucateco significa “Lugar das Carrapatas”, esse sítio é facilmente ível. Fica em San Ignacio, às margens do rio Macal, no distrito de Cayo. Cahal Pech foi um centro cerimonial com templos, palácios e um campo de jogo de bola, oferecendo vistas panorâmicas incríveis da cidade e do vale do rio Belize. É especialmente importante pelas informações que oferece sobre os primeiros assentamentos maias da região, com muitas figuras pré-clássicas e arquitetura residencial sofisticada — seu labirinto de quartos interconectados é um excelente exemplo da arquitetura palaciana do Período Clássico Tardio.
Lamanai – Habitada por mais de 3.000 anos até a chegada dos europeus, a Reserva Arqueológica de Lamanai inclui um museu com artefatos antigos, ruínas de duas igrejas espanholas do século XVI e os restos de uma usina de açúcar colonial fundada em 1860.
Um dos destaques do local é a escultura bem preservada de um governante maia emergindo de um cocar em forma de crocodilo.
Seja para uma visita de algumas horas, um dia ou uma semana, os antigos sítios maias valem a pena. Todos são gerenciados pelo Instituto de Arqueologia e contam com centros de interpretação e guias especializados para acompanhá-lo.
E de Caracol e Cerros a Lamanai, de vilas a florestas, praticamente qualquer lugar em Belize guarda vestígios de templos maias antigos. Para chegar a Belize, a partir do Brasil, há voos da Copa Airlines via Panamá, onde é o hub da companhia. Já para quem for viajar a partir dos Estados Unidos, há voos via Miami e Dallas com a American Airlines, via Houston com a United Airlines e de Atlanta com a Delta Airlines.
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