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Câmara não pode se omitir, diz Tite sobre I contra Auricchio

Prefeito de São Caetano rebate declaração do antecessor sobre ‘natureza política’ e afirma que a gestão financeira não pertence aos vereadores

Wilson Guardia
04/06/2025 | 16:44
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FOTO: Celso Luiz/DGABC


O prefeito de São Caetano, Tite Camla (PL), se manifestou ontem sobre a instauração da I (Comissão Parlamentar de Inquérito) pelo Legislativo que visa a investigar o seu antecessor, José Auricchio Júnior (PSD), por má-fé na gestão fiscal e possíveis infrações aos princípios constitucionais da legalidade, moralidade e responsabilidade na istração pública. “A Câmara não pode se omitir”, endossou Tite sobre a importância de se realizar averiguação, para dar respostas à sociedade.

Auricchio levantou a tese de que o processo apuratório trata-se de “movimento de natureza política”, por entender que o atual chefe do Executivo e a grande maioria dos vereadores que integram a I “acompanharam de perto toda a gestão e participaram das discussões, decisões e dos investimentos”. “Nada foi feito sem o devido conhecimento e participação da Câmara”, afirmou.

Tite rebateu as declarações de seu antecessor. “A gestão financeira não pertence aos vereadores e como você (parlamentar) não assina, não tem como saber com antecedência”, disse o liberal. Além disso, o prefeito lembrou que o balancete do último quadrimestre produzido pela gestão ada foi divulgado apenas este ano.

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Entre os relatórios apresentados, um da Saúde mostrou dimensionamento da estrutura física, de pessoal e pacientes, porém, com R$ 110 milhões a menos de recursos. Outros sinais mais robustos de possíveis irregularidades podem ser observados na elevação do déficit orçamentário. A dívida consolidada no início do ano ado era de R$ 429.016.526,86 e saltou para R$ 824.918.339,70 em dezembro. Outros R$ 300 milhões de restos a pagar, recentemente identificados, somam-se ao montante.

Esse problema de fluxo de caixa gera problemas na ponta e força a gestão do prefeito Tite a promover ações de equilíbrio para evitar o colapso nos serviços. Entre as medidas impopulares, o encerramento do horário estendido até as 21h nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde). “A população cobra o serviço e precisa saber o que acontece. Foi preciso reduzir (os atendimentos noturnos) baseado na ociosidade, baixa demanda e alto custo.”

(Colaborou Gabriel Gadelha)

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