Atualmente, o transporte é realizado por uma balsa temporária que comporta apenas 23 veículos e 300 ageiros
Usuários da Balsa João Basso, que faz a travessia entre Riacho Grande e o bairro Tatetos, pela Represa Billings, apontam que a desorganização por falta de agentes de trânsito, chamados de ‘amarelinhos’, está afetando os embarques e gerando filas que chegam a durar mais de três horas.
O serviço já vinha sendo prejudicado devido à manutenção obrigatória da embarcação que originalmente faz o serviço, com capacidade para 42 carros e 400 pessoas. Conforme revelou o Diário, o transporte está sendo realizado por uma balsa temporária que comporta apenas 23 veículos e 300 ageiros.
A moradora do pós-Balsa Livia Viezzer, 20 anos, auxiliar de enfermagem, indica que a falta de agentes de trânsito – que, segundo ela, tiveram número reduzido de 12 para apenas dois – impede que seja feita uma contagem dos carros que entram e saem da balsa, gerando filas e confusão. “Não tem controle algum”, desabafa. “Não tem como os moradores ficarem contando quantos carros que desceram”, completa.
O morador do bairro Tatetos Thiago Henrique de Oliveira, 31, afirma que já perdeu compromissos importantes por conta da desorganização, já que a balsa não espera o desembarque de ageiros dos ônibus. “Partiram com a balsa e os ageiros tiveram que esperar a próxima travessia. Isso ocorre com certa frequência”, relata.
A professora Julia Maria Oliveira, 22, que trabalha em uma Emeb de São Bernardo, diz que já chegou a esperar mais de três horas para atravessar em horário de pico. “As filas já eram grandes e demoradas com a balsa que tinha uma capacidade maior, mas com a troca e a diminuição de capacidade o tempo de espera ficou ainda maior, principalmente em horários de pico. Algumas vezes a espera chega a três horas ou mais”, conta.
Questionada sobre as reclamações de desorganização no fluxo de veículos na travessia, a Prefeitura de São Bernardo, responsável pelas filas externas do espaço, informou em nota enviada ao Diário que “haverá mobilização de equipes do trânsito para auxiliar na organização do fluxo de veículos”.
A Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia) salientou que o controle de filas externas da balsa é de responsabilidade da istração pública local. “A Emae segue na coordenação das operações no interior da balsa, que permanecem inalteradas, garantindo a segurança e eficiência da travessia”, disse em comunicado.
A troca por uma embarcação menor ocorreu no último dia 8 de janeiro para que a balsa e por manutenção obrigatória, determinada pela Marinha do Brasil. A Emae, responsável pelo serviço, afirmou que a manutenção é um procedimento de rotina realizado a cada cinco anos para garantir a segurança dos usuários e informou que o prazo para o retorno do serviço original é de 45 dias – ou seja, o serviço temporário deve durar ainda cerca de duas semanas.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.